Tuesday, January 04, 2011

Com ou Sem

Ano novo, vida igual.
Sinceramente estou cansado de pensar e de tentar encontrar soluções para problemas. De me enervar com factos notíciosos polémicos. De assistir a tanta incompetência. Tanto negativismo...
Este é o ano do novo acordo ortográfico. Como já devem ter reparado ainda não ado(p)tei o novo modelo de escrita, nem sei se me vou conseguir adaptar tão depressa. A verdade é que impreterivelmente vamos tôdos ficá um pôquinho mais brasileiros, né?
Depois das pérolas "Allgarve" e "Azores"... Prefiro nem continuar, chega de negativismos.
Este será também um ano de recordes no que diz respeito ao preço dos combustíveis.
No entanto, há uma dúvida que me assombra e que torna os meus dias um pouco mais cinzentos.
Assistimos à introdução no mercado de combustíveis sem aditivos com preços bem mais simpáticos que os combustíveis regulares. Muito se tem dito que sem aditivos, as viaturas poderão vir a ter problemas. Verdade seja dita, até ao momento não existem factos que o comprovem. Aliás, já existem marcas que resolveram criar um combustível próprio sem aditivos.
Atendendo ao facto de que sem aditivos conseguimos poupar cerca de 10 cêntimos/litro sem prejudicar os lucros da empresa, eu questiono: Durante quanto tempo fomos nós "enganados" e "obrigados" a usar o combustível convencional mais caro, quando poderia existir uma alternativa?
Quantos milhares/milhões largámos durante anos de mão beijada nos bolsos de "alguém"? Isto porque assistimos a um fenómeno relativamente recente de opção de escolha e segundo estudos noticiados não existem diferenças assinaláveis. Mas ninguém parece realmente interessado em desvendar este mistério. Talvez porque desta forma é satisfatório para todos e em estratégia que ganha não se mexe.
Com ou sem aditivos, com mais ou menos dinheiro, façam o favor de ter um óptimo 2011. De preferência com todos os "pês" e "tês" a que a nossa Língua tem direito.