Friday, November 04, 2016

Que Leve o Tempo



As voltas rodadas da vida
Deixam marcas com seus indícios
Bem guardadas pelos alcançados
Tão vulgares para os sem princípios

Vira ciclo, que muda e desnuda
À sombra do temperamento
Tão audaz, tão sereno
Do primeiro toque, ao último tempo

Carrega a voz que reclama
E leva a esperança dos outros
Porque a minha, é minha mana
A dos demais sabe-me a pouco

Volante, cardo e coroa
Dos pés à cabeça sua sentença
Ó tempo, por mais que me doa
Dá-me o sofro que a alma aguenta

Friday, July 22, 2016

O Mundinho das Apostas



As apostas desportivas vieram para ficar. Todos os dias milhões de euros são movimentados em apostas por um número cada vez maior de aficionados. E o que também aumenta consideravelmente, é a quantidade de páginas e grupos nas redes sociais que prometem lucros garantidos. Normalmente o acesso a estes grupos tem um custo de adesão que varia consoante os “tipsters profissionais”
Um tipster é um apostador, e cada vez mais vemos por aí auto intitulados profissionais das apostas. Prometem grandes margens de lucro e partilham as suas conquistas aliciando os demais utilizadores com excelentes resultados.
Para mim um apostador profissional é aquele que através do seu lucro de apostas, consegue ter um modo de vida sustentável sem ter necessidade de recorrer a este tipo de estratégias de prestação de serviços.
Nunca acreditei muito nestes visionários, e basta fazer um raciocínio lógico tal como: Se são tão bons, porque precisam de gente que lhes pague?
A verdade é que alguns destes apostadores conseguem ter uma apetência para fazer bons prognósticos e tirar algum lucro das suas apostas. Mas para quem adere, e quer ter acesso a resultados visíveis, terá que conseguir acompanhar o andamento do tipster.
Por exemplo, ao aderir a um destes grupos privados terá que pagar um valor, de forma a ter acesso aos prognósticos. Eu próprio, de forma a poder escrever este artigo com conhecimento de causa, aderi a um grupo de um “tipster profissional”. O valor das apostas era feito aos 100 euros de cada vez. Como não tenho capacidade para tanto, acompanhava aos 10 euros por aposta. Óbvio que numa aposta ganha com uma odd de 1.50, conseguia um lucro de 50 euros, enquanto eu conseguia 5 euros…
Por este motivo os tipster conseguem por vezes apresentar lucros mensais de 200/300 euros, muito apelativos, enquanto tu com os mesmos resultados consegues 20 ou 30 euros…
E agora perguntam, como é que estes tipsters conseguem ter uma banca tão boa para apostar? E é aí que entram os aderentes dos grupos. Na experiência que tive, o tipster tinha cerca de 300 seguidores e o custo de adesão era de 20 euros. Ora façam as contas. Este senhor ganha cerca de 6000 euros/mês! E acreditem no inacreditável, eles também falham, e não é tão raro quanto isso.
O truque é fazer uma boa gestão de banca (e nesse aspecto eles têm de sobra), e não perder o controlo emocional. Quando corre mal, apelam à calma, lembram os greens que tiveram que ninguém agradeceu, enfim, como se costuma dizer, estão sempre a chorar, referindo que apesar de darem as suas dicas, cabe-nos a nós também avaliar as apostas, porque estamos ali também para aprender. Quando corre bem, partilham os seus resultados para toda a comunidade online, revelando os valiosos sucessos.
Portanto, se querem aderir a este tipo de iniciativas não o façam de ânimo leve, nem com um entusiasmo demasiado excessivo de que vão ter lucros abismais com pouco investimento. Lembrem-se que ninguém é infalível, e na minha experiência em concreto, acabei o mês a perder. No entanto, eram vários os seguidores que relatavam maravilhas do seu mentor, como se de uma seita se tratasse. Este comportamento alimenta o vício, e este é um ponto fulcral que deve ser evitado.
Espero ter contribuído de alguma forma para alguns esclarecimentos sobre o mundo das apostas e dos grupos privados. Nada como apostar em vocês próprios e quando conseguirem identificar onde cometem os erros, com o tempo, os resultados positivos aparecerão. Boa sorte.

Monday, May 16, 2016

Para Refletir

As atitudes e comportamentos no dia a dia dos diferente cidadãos, deviam ser direcionados no sentido da preservação da harmonia e bem estar de todos, dentro da comunidade onde vivem.
Porém, assiste-se a uma crise de valores que me repugna. Somos diariamente contaminados por uma doença altamente contagiosa, e que se propaga descontroladamente, camuflada por uma teoria de retribuição, conforme o provérbio popular português: "Cá se fazem, cá se pagam."
Torna-se urgente encontramos o equilibrio e o respeito pelo próximo nos nossos corações. Ou o mundo tal como o conhecemos entrará em declínio e mergulhará num colapso irreversível.