Tuesday, October 30, 2007

O que se passa com a minha ESE?

Como este cantinho é meu e já lá vai algum tempo que não reflicto sobre coisas "sérias", mesmo à distância há algo que me preocupa e em que penso todos os dias, (provavelmente mais do que alguns que lá estão o que me deixa ainda mais preocupado) e que me leva a fazer a seguinte questão:
O que se passa com a "minha" ESE?
Como aluno e ainda como elemento da actual AEESES, tenho algumas coisas a dizer sobre o que vi e senti quando lá estava e o que vou sabendo à distância.
Quando cheguei à ESE durante o 1º ano senti que tinha ganho algo como uma segunda família, "Uma turma belíssima, um curso fantástico... bla, bla, bla" todos ou quase todos se davam bem e o ambiente era de união e amizade. O tempo foi passando e hoje em dia, pela primeira vez na minha vida, conheço pessoas a quem simplesmente não falo e se fosse possível nunca mais lhes punha a vista em cima. Suponho que infelizmente faça parte da vida... Complicados estes animaizinhos de cérebro grande denominados de Humanos.
Mais tarde entrei na aventura de fazer parte de uma AE numa lista T de "amigos". Ainda hoje recordo esses amigos que ao longo do ano foram desistindo deste projecto, a que tão afincadamente se dedicaram durante as eleições e depois deixaram os outros agarrados.
Recordo a enorme falta de ética e respeito da lista adversária, bem como a hipócrisia de corredor com um olá e uma facada pelas costas.
Recordo também o dia em que fiquei sózinho a apanhar o lixo do dia seguinte à Festa da Primavera, porque nos tinhamos comprometido com o Conselho Directivo a deixar a escola exactamente como estava. Responsabilidade? Respeito? Parece que falta eléctricidade no cantinho do cérebro onde habitam estes dois pobres coitados valores.
Entre estas e outras, a AE na generalidade não funcionou. Seja pela falta de personalidade dos seus membros que sempre se importaram mais com o que os outros diziam, seja pelos críticos de fora que até nos chegaram a criticar por pintar a AE e principalmente pela falta de capacidade da maioria de saber destinguir responsabilidade de brincadeira.
Hoje a ESE passa por tempos díficeis, precisamos de responder à altura e... não temos capacidade. É díficil quando uma Faculdade tão pequena suporta tanta intriga e tanta mesquinhice, a AE não funciona e união não faz parte do vocabulário.
É díficil também quando os próprios professores se desrespeitam uns aos outros em sussurros com o colega do lado nas reuniões do Conselho Geral.
É muito mais díficil quando o caminho escolhido continua a ser o de manifestações tristes, com cartazes tristes, lutando contra não se sabe bem quem, com meia dúzia de gatos pingados gritando palavras de ordem com escolta polícial. Façam-se ouvir nos orgãos administrativos, denunciem, demostrem o vosso desagrado por dentro, na rua são apenas número.
Não sou nenhum salvador da pátria, nenhum jovem amargurado, nem tão pouco nenhum critico. Apenas me limito a fazer uma reflexão do que vivi, do que vi e do que espero não ver mais na ESE.
A todos os verdadeiros amigos que lá tenho, às instalações e jardins em redor a que nínguem dá valor e a todos os jantares e convívios que tantas boas memórias me fazem guardar. Um grande obrigado, com o desejo de que a ESE se faça respeitar, se não pelos seus dirigentes administrativos, pela união de todos os seus alunos.

Friday, October 26, 2007

Feiticeira Lua


Hoje está lua cheia, disfarçada pela negridão das nuvens que teimam em passear lentamente por um céu que entretanto esquecera as estrelas.

No pequeno ecrã passou Munich pela tarde. Vingar guerra com guerra, só atrai mais guerra e a paz quem a vinga? É a guerra santa dizem eles, dizem todos. Pois para mim, só o simples facto da união das letras G-U-E-R-R-A poder ter um significado, não tem nada de santo.

E passou...

O deleito que um cigarro provoca num banco de jardim, enquanto uma suave brisa agita a gola do casaco e as últimas formigas recolhem a suas casas. Um momento de solidão que tem tanto de prazer como de assustador.

As palavras saem fluídas, sem pensamentos, qual Fernando Pessoa com o seu copinho de água ardente como companheiro. O lápis deu lugar a uma grande quantidade de botões e os dedos movem-se quase que irracionalmente. Já não há essência, não há arte, apenas reflexão.

A lua, essa, observa impávida e serena. O único farol que ilumina a escuridão deste mundo passa despercebido. Ninguém a vê, ninguém a sente, ninguém a recorda. Mas ela está sempre lá, impávida, serena, brilhante...




Tuesday, October 09, 2007

Euskal Herria

Ès cerca daquí?
Tudo é perto, o céu cinzento disfarça a beleza da cidade
As ruas paralelas, perfeitas..
Tão simples e tão complexo que nos fazem perder.
As praças são espelho de flores
Nas rotundas podemos descançar, sentir o sol, imaginar os pensamentos,
Das fontes que lançam água e assistem ao desfile constante
De gente, de tanta gente..
Os jardins enfeitados com as folhas caídas de Outono,
Lançam a brisa que se torna cada vez mais fresca
Em todas as direcções. O relvado mostra verde e a mente sonha rosa.
As igrejas são rock, os teatros são pistas de dança...
Os montes suportam o "xirimiri" constante lançando-o como poeira
Pózinhos de sininho que engripam a alma.
Esta é a cidade que me faz andar quilómetros,
Que me leva a todo o lado, guiada pelo rio.
A cultura é arte e saber estar é conforto.
Tanto de mal tu tens que à noite me vejo a chamar por ti.
E não te vou esquecer...


Bilbao*