Sunday, August 18, 2013

Ciao Sicília

Neste tópico irei relatar-vos como se desenrolou a minha viagem de lua-de-mel. O destino escolhido foi a Sicília. Queríamos aproveitar o sol de Agosto e belas praias, mas ao mesmo tempo conhecer uma cultura diferente de perto. Acabamos por escolher esta bela ilha Italiana.
Ao chegarmos a Sicília deparamo-nos com um tempo quente e húmido, muito abafado para quem não está habituado. Mesmo de noite o ar é pesado e o pouco vento não é suficiente para combater o calor. No entanto, o corpo habitua-se, mas é essencial ter ar condicionado no quarto.

A nossa estadia iniciou-se em Palermo, a capital da ilha, e do Aeroporto até ao hotel é possível vislumbrar uma enorme rocha ao longo da estrada, que nos apresenta aquilo que é a paisagem constante de Sicília, uma região muito montanhosa. 

1º Dia

Visita a Cefalú, uma vila do norte que fica a cerca de uma hora de carro de Palermo. Pela primeira vez experimentamos a praia e não ficamos desiludidos, a água é transparente e morna, nem é preciso adaptar o corpo para entrar nela. Sair é que fica difícil, pois sabe maravilhosamente bem. No final da tarde, fizemos uma visita pela vila, muito simpática e tradicional, onde provamos alguns doces típicos da região.




2º Dia

No segundo dia, resolvemos fazer um tour por Palermo, num daqueles autocarros Sightseeing. O tour tem dois percursos distintos – o red e o blue – primeiro fizemos o percurso red, onde passamos pelas zonas históricas principais da cidade, e depois o blue, que não apresenta nada digno de grande registo. Na verdade, Palermo não é uma cidade bonita. Tirando alguns pontos históricos, a cidade é muito cinzenta, com edifícios sujos do tempo, a precisar de uma limpeza. À noite, com a iluminação amarelada e o movimento das pessoas, tudo fica bem mais simpático.




3º Dia

Viagem até ao Sul à região de Agrigento. Aqui visitamos um local muito particular chamado de Punta Bianca. Um ponto localizado numa pequena praia selvagem, onde se chega através de um caminho de terra e depois acessível apenas a pé ou de bicicleta. Em baixo um enorme rochedo branco banhado pelas ondas que se fazem sentir, bem como um forte vento constante e uma casa antiga nesse local, o que oferece um cenário muito bonito onde se podem tirar óptimas fotografias.



Depois fomos até ao “Vale dos Templos”, onde por um bilhete de 10 euros podemos visitar um vale com vários templos e ruínas gregas, com especial destaque para o Templo de Concórdia que se encontra em excelente estado de conservação. Uma excelente experiência para quem nunca teve contacto de perto com relíquias arqueológicas tão imponentes quanto estas.




Por fim, fizemos uma passagem por Scala dei Turchi, um dos pontos muito procurado pelos turistas, mas mantivemo-nos à distância. O mar estava violento e pareceu-nos ser uma paisagem muito semelhante a Punta Bianca, pelo que decidimos ficarmos pelo alto e regressar a Palermo.


4º Dia

Aproveitamos o tempo excelente para um dia na praia de Mondello. Esta praia fica bem pertinho da capital e a água apresenta uma temperatura e uma cor azul-turquesa do outro mundo, entre rochedos que nos oferecem um cenário muito bonito. Mas atenção, o areal está maioritariamente ocupado por condomínios reservados, e é bastante requisitada. Nós alugamos um spot num dos condomínios. Foi um pouco caro, mas valeu a pena.
Da parte da tarde, viagem até Catania.



5º Dia

Resolvemos visitar um dos lugares mais procurados de Sicília, Taormina. Não visitamos a vila em si, porque queríamos aproveitar as praias, então ficamo-nos pela praia em Giardini – Naxos, que fica a poucos quilómetros, onde passamos excelentes momentos. Lá é possível apanhar um barco que nos leva em uma visita até Isola Bella, um dos locais mais bonitos que já vi. Pelo caminho é possível ver os inúmeros iates instalados que permite aos seus utilizadores usufruírem das águas transparentes com mais exclusividade, bem como os hotéis localizados estrategicamente junto às encostas, alguns deles até, com praia privativa. Visitamos a gruta e fizemos também uma paragem onde pudemos mergulhar com óculos e respiradouros. O Sr. do barco lançou comida para a água e dezenas de peixes vieram à superfície. Quando mergulhei, tinha vários peixes de várias cores à minha volta e via-se o fundo perfeitamente. Foi uma experiência excelente.
Ainda no barco deram-nos a provar alguns doces típicos da região, frutas da época e licor.





6º Dia

Quem visita Sicília não pode deixar de fazer uma visita ao vulcão Etna. Sem dúvida uma experiência completamente diferente, que nos apresenta um cenário muito particular que não se vê todos os dias.
De carro fomos até Nicolosi, uma vila localizada na base do vulcão, e seguimos em direcção a Etna Sud. Após vários quilómetros a subir, onde se apresenta uma paisagem rochosa resultante da actividade do vulcão, chegamos ao Funivia, o teleférico que nos levará até ao topo. Durante a subida, vamos observando o terreno rochoso e a vegetação que foi crescendo no local. Após terminar a subida, apanhei um pequeno autocarro que nos leva ainda mais acima, junto das crateras secundárias do vulcão e aí sim, consegue-se sentir verdadeiramente o ambiente vulcânico. É possível sentir o calor do vapor que sai das crateras e que contrasta com o imenso frio e vento que lá existe, bem como o solo característico rochoso. A vista é deslumbrante. Aconselho o uso de agasalho adequado pois lá no alto faz imenso frio.







Da parte da tarde, um passeio pela cidade de Catania. Mais uma vez, não acho que seja uma cidade muito apelativa para se visitar, porém, o centro histórico é excepção. Vale a pena passear pela avenida que termina na Duomo, onde se podem observar vários monumentos interessantes e um ambiente muito agradável.




7º Dia

No último dia, queríamos apenas aproveitar a praia, então fomos até uma terra chamada Fondachello, onde ficamos numa praia de pedrinhas muito agradável. Junto ao mar fazia um pequeno declive, onde era possível sentar e sentir o impacto de pequenas ondas nas pernas enquanto se ouvia o chocalhar das pedrinhas. Para não variar, a água era quente e transparente e foi onde passei a maior parte do tempo. Almoçamos no restaurante com vista para o mar e assim terminamos a nossa lua-de-mel, antes de mais um passeio pela baixa de Catania e o regresso ao aeroporto de Palermo.



Além das excelentes praias e paisagens, a gastronomia é muito saborosa. Os salami, queijos, massas e petiscos e claro, os gelados! Nas gelatarias de fabrico próprio são deliciosos!






As pessoas são muito prestáveis e simpáticas, sempre prontas a ajudar. Esforçam-se por compreender, ao contrário dos nossos vizinhos espanhóis, e se for preciso falarem meio italiano, com francês e inglês para se explicarem, não se fazem de rogados.
Para quem alugar um carro na visita à ilha (melhor opção), atenção ao trânsito dentro das cidades. Faixas ocupadas com vários carros, desrespeito dos sinais e scooters ziguezagueando são constantes. Nas passadeiras é preciso cuidado, porque o trânsito não pára, apenas vai abrandando enquanto se vai passando a estrada. Curiosamente, em nove dias de condução e depois de muitos quilómetros, não assisti a nenhum acidente.

Arrivederci









Saturday, June 15, 2013

Um Por Todos, É Apenas Um

Como cidadão atento, não deixo de me interessar e demonstrar preocupação com alguns assuntos que têm vindo a público, com maior ou menor clarividência, referentes ao estado de governação interesseira no nosso país.
Recentemente, tivemos conhecimento através de declarações do próprio Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que quando o seu anterior secretário de estado da energia saiu, teve um dos principais presidentes das produtoras de energia eléctrica em Portugal a telefonar para várias pessoas, a celebrar com champanhe.
A pessoa em causa é o Sr. ex - secretário de estado Henrique Gomes. Parece que este senhor realmente queria governar com imparcialidade e justiça, defendendo os reais interesses do estado, motivo pelo qual foi prontamente "encostado". Em suma, Henrique Gomes provou que se andam a pagar à conta do estado, rendas excessivas e insustentáveis à EDP. Apesar da EDP ter um volume de negócios bastante superior lá fora do que em Portugal, a verdade é que o mercado português é o mais rentável, visto que as rendas atingem valores absurdos em comparação a outros países em que a EDP tem negócios.
Só para terem uma ideia, segundo o relatório de Henrique Gomes, nos Estados Unidos a EDP Renováveis concentra cerca de 38% do seu volume de negócios com uma rentabilidade de 0,6%. Em Portugal a rentabilidade de capitais próprios é de 46%!!! Valores cobrados a todos nós de forma ilegal.
Quando o próprio Ministro da Economia vem a público afirmar que se festeja com champanhe quando o seu governo não tem capacidade de fazer frente aos grandes grupos económicos, torna-se claro que não são as pessoas que geram governação, mas sim um sistema complexo e muito bem montado que impossibilita alternativas de combate ao lóbi em prol dos interesses maiores do estado. Ou seja, o estado é uma espécie de peixe grande que se alimenta dos peixes pequenos e que à posteriori serve de refeição aos grandes tubarões.
Ao ter conhecimento destes factos, como cidadão, sinto-me um lixo. Afinal a S&P tem razão. Não consigo encaixar a ideia de cada vez existirem mais dificuldades, de cada vez exigirem mais sacrifícios alegando motivos excepcionais que levam a medidas extremas. Mas para quem tem o poder, o verdadeiro poder, tais medidas revelam-se de excepção, mas para o seu não cumprimento.



Tuesday, April 09, 2013

O Antes e o Agora da Europa em 2017


As dívidas começaram a vir ao de cima, passados anos de sustento de negócios ruinosos que eram orquestrados por debaixo da mesa sem o conhecimento da população geral. O Estado financiava grupos de poder privados e acarretava com os custos.
As negociatas desenvolveram-se e descontrolaram-se de tal forma que o dinheiro acabou. A Europa entrou em recessão.
O Estado cortou na sua despesa direccionada à população, aumentou os impostos e cortou nos ordenados. Empresas faliram, o desemprego aumentou a um ritmo avassalador, as progressões congelaram e os produtos de consumo tiveram aumentos abismais.
Milhares de pessoas entregam as casas aos bancos, e outras tantas são obrigadas a fazê-lo. A economia estagnou. Não há produção, não há emprego. Fazem-se pedidos de resgate, e recorre-se à austeridade para pagar juros de juros de empréstimo.
A situação foi-se tornando insustentável, alimentada pela revolta e manifestações da população querendo justiça e melhores condições de vida.
As Nações que mantiveram a sua economia equilibrada, não se revêem nas que se afundam em pedidos de ajuda. A Europa separou-se e instalou-se uma relação de afastamento e indiferença entre as Nações que lembra o clima de “Guerra-fria”. As moedas fortes reclamaram independência e o Euro colapsou.
As fronteiras foram praticamente fechadas, as trocas comerciais estagnaram desrespeitando as regras anteriormente instituídas. A fome começa a pairar sobre os países endividados, bem como um conflito entre nações.
Espanha, França, Itália, Portugal, Chipre e Grécia, ficaram sem dinheiro, os postos de trabalho decaíram 50% com cortes salariais e os funcionários públicos sobrevivem com ordenados em atraso e incertos. A população migrou para o interior em busca de agricultura sustentável como meio de sobrevivência. Muitas viviam na rua enquanto milhares de habitações se encontravam vazias por falta de pagamento. As políticas sociais praticamente desapareceram.
As pessoas entraram em pânico, vendendo tudo o que tinham e tentando retirar o dinheiro dos bancos. Os mesmos que reclamavam junto dos seus credores o pagamento de dívidas, fechando as portas e declarando falência. Todas as poupanças de uma vida ficavam perdidas.
Sem empréstimos disponíveis as empresas fecharam, empregos desapareceram e em poucos meses não havia dinheiro nas casas de famílias. Milhares de pessoas envergonhadas faziam filas nas ruas por uma sopa quente e um pão para dividir pelos filhos.
Os líderes políticos insistiam que a situação era passageira, mas a contestação social aumentou de volume e sérios confrontos se repetiam por toda a Europa.
Centenas de bairros de lata cresceram pelas principais capitais, numa luta desesperada de milhares de famílias por um lar.
A Europa continua a viver da especulação e decisões/interesses de uma minoria abastada.
No entanto, no último trimestre observou-se uma ligeira recuperação económica, que pode significar o renascer de uma nova esperança.


In Diário da Europa,
10 de Junho de 2017

Thursday, March 14, 2013

BTL - Uma Visita Frustrada

Ando a planear uma grande viagem pela Ásia e estou na fase de consultas de programas e comparações de preços. Por esse motivo resolvi dar uma vista de olhos pela BTL Feira Internacional de Turismo na FIL no passado dia 3 de Março.
A expectativa era alta, com a publicitação de grandes descontos em viagens para o público geral em campanhas televisivas.
O espaço em si estava bem organizado e apelativo, principalmente o pavilhão direccionado aos destinos do nosso maravilhoso Portugal estava muito bem conseguido e com toques de originalidade na promoção muito interessantes.
Mas o meu objectivo era sondar destinos e valores referentes ao tipo de viagem que pretendo.
De todas as agências de viagens que contactei (e creio que foram todas) apenas uma se predispôs a me apresentar um destino concreto com um orçamento concreto e com desconto BTL. Todas as outras limitaram-se a ouvir e a ficar com contactos para apresentar uma proposta e orçamento mais tarde.
Quando contactei a última agência, não resisti em perguntar algo que até aquele momento não estava de todo a compreender. Qual era a vantagem de visitar a BTL, porque ainda não me tinha sido apresentada qualquer mais valia relativamente a uma qualquer outra busca referente a viagens.
A senhora de uma forma muito simpática afirmou-me que realmente a publicidade e a mensagem que passa  por parte da BTL pode induzir ao erro, porque aquela não era exactamente uma feira de promoções de viagens e que muitas pessoas vão em busca disso mesmo.
Em suma, até hoje estou à espera dos contactos que me foram prometidos. Acabei por perder uma tarde e gastar o valor de dois bilhetes para trazer um saco cheio de folhetos e catálogos.
Fiquei frustrado!
Se quisesse pesquisar contactos, ter acesso a campanhas standard e requisitar informações sobre viagens poderia muito bem fazê-lo aqui mesmo, no meu computador, sem sair de casa.
No próximo ano terão um visitante a menos.

Thursday, February 21, 2013

Grândola de Boca em Boca Não Está Morena, Está Preta

Nos últimos tempos a canção de José Afonso tem ecoado na Assembleia da República, nas escolas, em auditórios e tem literalmente calado os Sr.s Ministros representantes do actual Governo.
Não é que concorde ou discorde, pois vendo bem a coisa, um grupo de pessoas utiliza uma canção que promove a Democracia para impedir outros de exercer o seu direito democrático.
No entanto, acredito que o cerne da questão está em tentar perceber os motivos que levam a estes acontecimentos.
Não acredito que as pessoas o façam apenas por carolice, mas talvez porque sentem uma necessidade enorme de contrariar o rumo das coisas fazendo-se ouvir. E este foi o caminho que escolheram.
Aliás, eu próprio já ando cansado de "politiquices" à muito tempo. Já não consigo ver os noticiários, carregados de casos de lobbys, favores nada éticos, corrupção e as tão badaladas derrapagens orçamentais. Chega de cinismos!
Enquanto existirem conflitos de interesse entre os que detêm o poder de decisão, por mais que se reclame e por mais que sejam as vozes de protesto, as coisas dificilmente irão mudar. O Sistema está montado e engrenado para não falhar. Pode abrandar em determinadas ocasiões, mas nunca pára e quem pode ganhar com isso está garantido.
Portanto, a solução passa por fazer alterações desde a raiz, e não continuarmos com promessas hipócritas de mudança que mergulham em círculos contínuos sem fim.
Primeiramente, acabem-se com os Partidos Políticos tal como os conhecemos hoje, com ideologias ultrapassadas e desadequadas ao nosso tempo. Quem governa, está sujeito a normas externas, e sendo de direita, esquerda ou centro, acabam por fazer algo semelhante, diferindo apenas no propósito de que o que vem a seguir não seja tão mau como o anterior. De uma forma ou de outra, os seus membros saem sempre beneficiados, normalmente sob condições no mínimo duvidosas.
Portanto, em alternativa, proponho um modelo de governação diferente do habitual. A criação de uma equipa  liderada por figuras com experiência comprovada nas várias áreas tuteladas pela Governação.
Não consigo compreender, como é possível termos Ministros da Agricultura e Pescas que não sabem o que é um tractor ou um barco. Ministros da Segurança que não fazem ideia do que é o dia a dia dos profissionais da área. Ministros da cultura que não sabem o que é um teatro. Em suma, não podemos continuar a ter responsáveis máximos em várias áreas, quando os mesmos nunca tiveram qualquer ligação ou experiência relativas à área que tutelam.
As equipas seriam lideradas por elementos referência e de excelência a nível nacional ou internacional na área da saúde, da cultura, da economia, etc. Esses elementos teriam direito ao mesmo vencimento que recebiam nas suas anteriores actividades profissionais. A única diferença é que trabalhariam em prol do País. Os elementos das suas equipas seriam escolhidos e orientados por esses líderes. Deveriam ser da sua confiança e com experiência comprovada no terreno. Essas equipas teriam a responsabilidade de propor alternativas que visassem o melhoramento da produtividade e modelos de governação do País. Sem quaisquer responsabilidades partidárias, ou interesses lobbystas. Apenas gerir o País como se de uma empresa se tratasse, tendo em consideração o factor mais importante desta equação: as pessoas e o seu bem estar.
Estas equipas seriam responsáveis por apresentar propostas e relatórios periódicos ao Presidente da República que teria a responsabilidade de tomar as decisões definitivas, tendo em consideração os seus conselhos. Sim, queremos um Presidente da República interventivo e sábio nas suas decisões sobre o País. Não apenas uma figura que serve para discursar textos preparados pelos seus acessores.
A ideia base seria gerir o País de forma isenta, com pessoas responsáveis e experientes nas várias áreas, em que tudo fosse pormenorizadamente reportado, onde houvesse discussão de ideias e criticas construtivas, sem interesses de opinião pública e manobras políticas duvidosas. Em suma, o País gerido de forma competente como empresa, tendo como prioridades máximas os seus interesses em detrimento de terceiros, a justiça social e a qualidade de vida da população.



Friday, January 25, 2013

Mas Porquê Pepa? Porquê?

Estamos perto do final do mês de Janeiro e confesso que ainda não consegui encontrar um pingo de inspiração para partilhar algo de interessante.
A crise, qual carrasco, está presente todos os dias, e já se tornou numa espécie de vírus contagioso presente em quase todas as conversas. Conversar, reflectir ou sonhar, é sinónimo de uma valente gripe intelectual.
No entanto, aconteceram algumas coisas de que quase vale a pena (não) falar.
Comecemos pela Pepa Xavier. Um vulgar nome como tantos outros - ok, Pepa é invulgar e faz lembrar nome de caniche, mas não esqueçamos que o Benfica já teve um jogador de nome Pepa, lembram-se? - que passou de desconhecido para cair nas bocas do mundo pelos piores motivos.
Como costumo andar distraído no que diz respeito a estes pseudo especialistas de modas, fiquei surpreedendido com o alarido que se criou à volta do spot publicitário onde participou a dita senhora. Depois de tantos blogs, críticas facebookianas, e até entrevistas televisivas, lá resolvi matar a curiosidade e dar uma vista de olhos pelo vídeo da polémica. No final cheguei a uma simples conclusão... Mas porque raio é que sequer se começou a falar nisto??!!
Assisti a uma jovem, de perfil fútil, manias e expressões estranhas e com uns desejos que fez confusão a muita gente, mas que para mim são perfeitamente legítimos, desde que tenha dinheiro para os pagar. O item em questão: a mala Chanel.
Primeiro ponto, muitos ficaram a saber que Chanel se escreve com um "n" e não com dois. Esta senhora prestou um autêntico serviço público! Segundo ponto, o objectivo da Samsung saiu furado, pois o protagonismo acabou por cair em cima da Pepa e da Chanel. Por fim, toda esta reacção crítica em massa, faz-me ver que realmente, em certos aspectos, somos muito pequeninos.
Por falar em pequeninos, faço uma breve passagem pela Casa dos Segredos 4. Certo dia aconteceu o momento mais degradante a que assisti na televisão portuguesa. Foram ditos cerca de 1785 palavrões em directo, quase em horário nobre, por razões que ainda hoje me são incompreensíveis. E estas pessoas têm fãs!!! Em evidência esteve um ser de nome "Fanny" que gastou 90% do vocabulário mais sujo que existe na Língua Portuguesa. Desconhecia que alguém com 1,50m de altura por 1,50m de largura pudesse conter no interior tantos resíduos. Como disse o grande (literalmente) Bruno Nogueira, Deus quando criou a Fanny e a lançou para a Terra, esqueceu-se de lhe por uma laranja na boca. Aliás, para os participantes do citado programa, Deus precisava de um enorme laranjal, para fazer face às necessidades que lhe foram apresentadas.
A verdade é que eu assisti, a uma parte do programa que ninguém vê. Todos ouvem falar, ou fazem zapping, ou vêm nas revistas e todos comentam o que se passa, mas muito poucos assumem que vêem o programa.
O Português é certinho, fá-lo pela calada.