Acordo nas mágoas passadas, do idoso quase senil
Sinto as marcas da saudade, mas não choro.
Vejo as feridas da vergonha, por detrás da discriminação
Sinto a dor da doença, mas não choro.
Canto aos que sangram do coração, presos na teia do amor
Sinto o negro da solidão, mas não choro.
Acalmo as ondas do suor, que reclamam o rosto do atleta
Sinto o gosto da derrota, mas não choro.
Mergulho na lágrima do pai, que vê o filho partir
Sinto o medo da guerra, mas não choro.
Vejo famílias destruídas, despedaçadas sob efeitos de pólvora
Sinto o cheiro da morte, mas não choro.
Oiço as crianças lá fora, seus estômagos gritam por ajuda
Sinto a angústia da fome, mas não choro.
Parto com os refugiados, que buscam uma vida melhor
Sinto a perca da fé, mas não choro.
Falo a quem não compreende, oiço quem nada quer mudar
Sinto o sabor da corrupção, mas não choro.
Esqueço que o mundo existe, calo o grito da revolta
Ao som de uma canção, choro, choro, choro…
4 comments:
'Sinto a perca da fé, mas não choro'.
Eu sinto a perca da fé e também não choro. Mas parece que ultimamente as coisas já não têm o sentido que tinham. Está a faltar qualquet coisa...e eu vou descobrir o que é.
(Poema bué da nice)
*
"Falo a quem não compreende, oiço quem nada quer mudar
Sinto o sabor da corrupção, mas não choro."
Não chores..revoluciona!
Um *
Porque ate tens geitinho...curto a tua escrita bem o sabs..ja agr na tenhas a mania kés mais velho do k eu pk issu so verifica mm na data d nascimento :) lol *
Eis aquele que enquanto desconhecido ja antevia estar bem alto ao lado de outros tantos..Eis aquele que enquanto no anonimato ja expressava e era o espelho daquele que o criou!
Sabes bem que gostei mt..*
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