Thursday, October 23, 2008

Bum, Bum, Não... Bum!

Que expludam as montanhas no pico do Mundo
Que a lava salpique nas nossas cabeças
Bum, Bum Bum!

Que as igrejas caiam com o peso da ostentação
Que o cristão mal criado
Seja direccionado
No caminho do perdão
Que a morte suscite a salvação do pecador
Que a voz do servo seja a alma do inquisidor
Que o tempo atroz destrua a muralha da solidão
Bum, Bum, Bum!

Que a vontade de quem quer, seja o desejo de quem pode
Que a rotina do mendigo seja pesadelo do vulcão
Que o poder do presságio que tantos amaldiçoa
Seja Não, Não, Não!

Que o bem pratique a virtude sobre o mal
Que um não viva sem o outro persistir
Pois um precisa da antagonia do outro
E o outro não sabe de quem se pode rir

Que o luar que me ilumina todas as noites
Seja luz, o sol e o amor
Que a vontade que tem aquele que luta
Seja marcada pelo sangue vibrante do tambor
Bum, Bum, Bum!

Que eu siga o caminho sem metas nem destino
Pois o tempo foi escrito de mansinho sem pensar
Que a sorte que guia a vontade do menino
Seja chuva...
Ou seja mar
Que seja imensa sem vontade de pensar
Que seja imensa sem vontade de pensar.
Bum, Bum, Bum!

1 comment:

Anonymous said...

Gosto de comentar as coisas, depois de as ler com a atenção que merecem...Tal como fiz com o teu texto de Março, intitulado "Aceitas?"...
Relativamente a este teu último post, gostei particularmente da intensidade que as palavras transmitem a quem lê, da essência boa que tens dentro de ti e da descrição, ainda que curta, mas fiel daquilo que és...
Neste texto, tal como no outro, escreveste com o coração e com sentimentos semelhantes...Existe a vontade de desejar e a vontade de não pensar...
No entanto, algumas das tuas frases, revelam-me que tal só é possível por escassos momentos..."Que um não viva sem o outro persistir, pois um precisa da antagonia do outro"...a razão e a emoção jamais podem existir separadas...só assim, é que o luar que nos ilumina todas as noites, poderá ser luz, sol e amor...
É por isso que gosto dos teus textos...têm emoção e razão; de outro modo, as palavras seriam desprovidas de sentido.

Beijo